quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A menina da academia

Semana passada tava lá na academia dando um duro danado pra conseguir perder os quilinhos “incomodantes” e claro, prestando atenção em tudo ao redor. Inevitável! Se eu enxergo, eu reparo. Sorte do mundo que eu tenho um misto de astigmatismo com miopia e pavor de lentes de contato, que me faz ficar quase cega sem os óculos (ok, exagero). E, como na academia eu não uso óculos... Mas enfim, vi a tal menina que me chamou a atenção. Ela usava um top e um short daqueles curtos e colados, ambos pretos. Não é todo mundo que tem corpo pra isso, a gente sabe. Mas ela, pelo que eu consegui ver, tinha. Me deu até aquela pontinha de inveja branca, sabe?!

A menina, a princípio, estava parada conversando com as amigas. Devia ter seus 16 anos, não sei direito, também não sei bem como era seu rosto, mas parecia bonitinha. Depois de fofocar e dar boas risadas, saiu andando. Insegura, um tanto curvada com a cabeça baixa e acanhada ela caminhou pela academia. A perdi de vista. Mas fiquei pensando em como é bom se sentir bem com a própria roupa.

Não sei na verdade se ela estava ou não bem com o top e o short escolhidos, não tive tempo de perguntar, mas o fato é: ela não parecia segura, não parecia a vontade, entende? E aquilo me incomodou um pouco, senti uma espécie de vergonha alheia inexplicável. Queria poder chamá-la de canto e dizer: “Levanta essa cabeça menina, olha só como seu corpo é perfeito, você é linda e poderosa. Se não está se sentindo confortável o suficiente com essa roupa, troca! Coloca algo que te deixe pra cima Amora, é isso que importa, estar bem com você!”.

Enfim, foi um tapa na minha cara, (acho que tudo que escrevo aqui acaba sendo mais pra mim do que pra qualquer outra pessoa!) Mas enfim, foi aí que lembrei de uma professora da faculdade que fazia o tipo bem gordinha mas que era um arraso! Sério, a mulher, além de muito inteligente, era bonitona e se sentia - no bom sentido, não era convencida não, era consciente mesmo! Era claro que ela se produzia toda manhã. Mesmo fora dos padrões de beleza do mundo (ser magra e alta) ela estava bem com ela mesma. Andava de cabeça em pé, segura de si, segura de sua importância, de seu valor. Consequentemente, procurava roupas que favorecessem seu formato de corpo e andava confiante.

Coloquei na balança os dois modelos que ficaram rondando minha cabeça: a jovem linda e cheia de vida de cabeça baixa e insegura, e a professora, mulher teoricamente fora dos padrões de beleza estabelecidos, cheia de si, confiante e poderosa.

Percebi então que o problema/solução não é nem a roupa, nem o corpo, nem a idade, nem a altura, nem isso e nem aquilo. A questão está num campo mais profundo, dentro da nossa cabecinha. O primeiro passo é ter consciência de quem somos, de como nos sentimos bem e seguras. A roupa, o peso, o make... isso importa, claro, mas não é o mais importante de tudo. O que relmente faz a diferença é a confiança. Portanto Amoras, bora botar confiança na nossa cabecinha e arrasar!

BeijoCAs e uma quinta-feira MA-RA-VI-LHO-SA-!!!

4 comentários:

Stela disse...

Carla!!! to adorando esses posts mais "reflexivos"... o blog tá ficando com mt cara de reuniaozinha de amigas!!! legal...
bjão! ótima quinta pra vc tbm!

Vitor Bustamante disse...

Muito muito bom! Que orgulho de você!

Unknown disse...

carla!!! fiquei chocada amiga,era tudo que eu prescisava ouvir hoje..sou um vai e vem de formas e nunca estou satisfeita...cara vou parar com isso e viver!!vou ser como sua professora e haraza...rsrrrsrr

Carla Vila Verde disse...

Stelaaaaa, que ótimo!!! Então o blog tá chegando onde deveria = )
Bom ter você por aqui!

Vitorrrrr, juro que fiquei com as bochechas coradas = ) Tão bom ouvir isso!

Gata, é isso aí! Aproveita que um novo ano tá chegando e já se prepara pra ele começando a ser feliz com vc mesma agora!!! Arrasa!!!!!

BeijoCAs