segunda-feira, 18 de abril de 2011

Alguém explica?

Hoje, por volta das 13h, estava subindo a Augusta em direção à Paulista. Tinha saído do curso de Produção de Moda e estava correndo pro trabalho. Na última quadra o sinal fechado me fez esperar. Percebi que um taxista se aborreceu com o motorista de um ônibus, desse tipo de agência de turismo, sabe? Acho que o bus fechou o taxi e enfim, o sinal ficou vermelho, os dois pararam lado a lado. O cara do carro branco saiu e foi tirar satisfação com o do transporte coletivo. Os dois se mandaram tomar naquele lugar mutuamente. O taxista teve um ataque, entrou no carro e começou a bater a porta do seu próprio automóvel no gigantesco bus. Um marronzinho correu lá, o sinal abriu e eu não vi que final teve o drama. Ainda olhei pra trás, mas já não consegui captar nada.

Então, como precisava pegar um ônibus do outro lado da Paulista, resolvi atravessar pelo túnel do metrô. Aí lembrei que meu Bilhete Único tava quase sem crédito. Entrei na fila daquela maquininha tipo caixa eletrônico (leia-se: aquela maquininha que vai te mandando se virar sozinha) que coloca crédito no cartão do transporte. Um minuto. Dois minutos. Três minutos. Quatro minutos. Sei lá eu quantos minutos. Um cara que estava na fila normal (leia-se: fila que tem uma mocinha no guichê que coloca crédito pra você), começou a gritar. Sim, ele gritava muitos palavrões. MU-I-TOS-!!! Entendi que a atendente que fica naquela casinha fechada e claustrofóbica fez alguma coisa errada, tipo, deve ter colocado crédito errado e então precisava de sua chefa para consertar a história. Bem, a moça pediu pro gritalhão esperar um pouco ao lado que a supervisora já estava vindo. Ele se exaltou e foi assim que tudo aconteceu, ele gritava que não ia sair dali enquanto a moça não devolvesse o cartão e a nota de 100 dele. Bem vieram quatro seguranças, o homem ficou lá segurando a fila e eu, que estava em outra fila, desisti. Não queria mais ver aquela cena.

Finalmente consegui chegar no trabalho. Consegui também fazer muitas coisas e veio o horário de voltar pra casa. Pois bem, estava aqui preparando alguma coisa pra comer quando escuto muitos gritos. Corri pra sacada, era do condomínio vizinho. Os gritos diziam palavrões, muitos palavrões. Ouvi batidas. Percebi que todos os vizinhos de todas as sacadas saíram pra ver. Dois homens brigavam feio e uma mulher gritava "paaaaaaara" desesperadamente. Não me pergunte o que houve. Agora eles não gritam mais. Mas foram minutos de horror. Sabe quando você quer fazer alguma coisa e não consegue? Me senti assim. Espero que estejam bem.

Mas queria entender essas coisas. Alguém explica como o ser humano pode ficar tão selvagem de uma hora pra outra? Queria muito entender... O ser humano é bicho complicado, né, não?! Ou será influência da lua? Pode até ser, né?!

Desejo uma semana muito calma e com muitas coisas boas pra gente!

Beijos


Um comentário:

Grazi disse...

Carlinha, sabe o que é? As pessoas andam guardando sentimentos demais dentro de si. Por causa dos afazeres do dia a dia, as obrigações, os problemas, muitas vezes ninguém tem tempo se quer de conversar com a esposa, com o esposo, com a mãe o pai, contar dos problemas, das angustias, e até mesmo das alegrias. Daí quando acontecem situações de stres tudo vem a tona. E aí tem que ser muito calmo pra não estourar. O que é difícil. No meu ver é mais ou menos isso que acontece mesmo. É triste, mas é a realidade!