terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Perfil: Um Make feito pra durar (parte 2)

Atendendo a pedidos a segunda parte! (Queria muito esperar pela sexta-feira, mas não consigoooooo = ). Para quem perdeu a Parte 1, essa é a continuação do perfil que escrevi sobre a blogueira e editora de beleza da Vogue, Vic Ceridono. Aí vai!



Ainda sobre o Primer

Ninguém vai saber se você usou ou deixou de usar o tal primer, mas ele é a base da maquiagem, como já disse antes, ele prepara a pele para receber o make que vai ser construído pouco a pouco no rosto de alguém. A vida da gente também tem desses momentos “primer” muitas vezes, no qual somos preparados para receber o que está por vir.

No caso da Vic, até os elementos infantis a prepararam. Ela ainda guarda na lembrança a imagem mais forte dos livros de crianças. O livro era da Disney e fazia parte da coleção das estações, tinha o verão, o outono, o inverno e a primavera. E, em um desses, uma página que a Vic nunca esqueceu: personagens em frente a um grande espelho passando blush, batom e cia. É a memória mais antiga que ela tem de algo relacionado com a maquiagem.

Na seqüência, volta à mente um dia de festa dos seus 12 anos, quando cursava a sexta série. Ela combinou com uma amiga que elas iriam se maquiar juntas para o evento. A Vic pegou a maquiagem que a mãe tinha, um corretivo da Cliniquè e um quarteto de sombras azuis, só. E a amiga deve ter levado mais alguma coisa. Suzana Ceridono, mãe de Vic, achou um absurdo, “minha mãe achava que eu tinha algum problema de peruice aguda”, Vic costuma dizer.

Mas a então adolescente não ligava muito, sempre teve essa personalidade confiante e segura. Tinha certeza que gostava daquilo e não se importava tanto com a opinião dos outros. Ela era, entre os amigos, a que gostava de maquiagem, todo mundo sabia.

Em 2000, Vic teve uma de suas principais experiências no mundo dos makes. No mês de julho foi estudar inglês na Inglaterra, o pré-requisito, exigido pelos pais, era não ter nenhum brasileiro nas redondezas. Conclusão, Vic conviveu durante um mês com as européias que usavam muuuuuuita maquiagem. Lá usou e abusou dos makes, se realizou.

Mas a realidade no Brasil era e continua sendo diferente. O uso de maquiagem aqui parece estar crescendo, porém a brasileira ainda cultiva “n” mitos que a deixam longe de bases, corretivos, rímeis e etc. Vanessa Rozam, maquiadora brasileira que, entre outras coisas, ensina auto-make no Liceu de Maquiagem e é uma das apresentadoras do programa Esquadrão da Moda, afirmou em um artigo publicado no Portal da Maquiagem, que ainda existe muita dúvida e confusão quando se fala de make.

“Já ouvi muitas lendas da maquiagem: a base entope os poros, a maquiagem faz mal a pele, batom vermelho é vulgar, lugar de sombra colorida é no circo, hidratante deixa a pele oleosa, delineador branco "abre" os olhos, contorno labial mais escuro deixa a boca maior, corretivo que cobre bem é aquele mais claro, curvex quebra os cílios... A lista pode seguir até o fim da página”, escreve Vanessa. E afirma, “Toda mulher tem sua gaveta, caixa, maleta ou nécessaire com produtos, algumas com mais outras com menos, mas um padrão se repete: compram compulsivamente, usam raramente. Por medo ou por falta de informação, o produto fica preso na gaveta para sempre”.

Andréa Ferreira, advogada, carioca e dona do Beauty Blog, em entrevista para o Vila Batom disse: “Acho que as mulheres ainda têm a ideia de que maquiagem é item para festa e não um auxiliar no dia a dia para melhorar a aparência, tirar o ar de cansada”. Nessa mesma entrevista, Vic respondeu à pergunta: Quais as diferenças que você vê lá fora em relação à maquiagem no cotidiano? “Muita diferença, principalmente em lugares como EUA, Londres, Paris e Milão, as pessoas simplesmente não saem sem maquiagem, e você vê de tudo, olho super preto, batom vibrante, blush, sombras esfumadas, ninguém tem vergonha. E, acima de tudo, ninguém fica olhando para sua cara como se você fosse um "ET", como acontece aqui, então dá mais vontade de usar!”, completou.

Quando Vic voltou ao Brasil, precisou dar uma maneirada na maquiagem, ficou mais comedida, porém nunca deixou de se pintar. E começou então a maquiar também as amigas. “Quando tinha alguma festa o ponto de encontro era a minha casa, eu maquiava todo mundo e me ferrava porque ficava por último e tinha que me maquiar correndo, mas tudo bem”, conta dando risada.

Vic aprendeu muito também nas revistas femininas que sempre adorou ler. Quando, em 1999, pegou pela primeira vez em uma Allure, fez a descoberta do milênio. Ela conta que desde então vem colecionando a revista. O livro “Maquiagem”, do Duda Molinos, já leu, no mínimo, duas vezes. Os livros do Kevin Aucoin são também referências fortíssimas. Assim foi se aperfeiçoando, como ela mesma diz, “lendo e treinando nas amigas cobaias”.


É isso = )
A terceira parte vem na sexta, com certeza!
BeijoCAs

Um comentário:

Vanessa Brasileiro disse...

Conheço bem esse negócio de maquiar as amigas e depois ninguém esperar eu me maquiar... Parei!!! rsrsrs.... Agora só se eu já estiver pronta...rsrsr

To adorando os posts, Carla.... manda ver na sequência!!!!